12.8.06

Cuidado com os chatos!

Li para aí que a polícia vai passar a ter equipamentos para vigiar as conversas no «chat». Primeiro, foi o abrir cartas, depois escutar telefones, logo a seguir telemóveis, os faxes, depois enfim os emails. Agora são os «chats». Um cidadão já não sabe onde haverá de falar sem ser ouvido. Qualquer dia, em plena alcova amorosa, enlaçados no auge do escaldante momento, um dos parceiros diz ao outro, ciciando-lhe, desconfiado, quebrado o ímpeto pelo ciúme: «parece-me, filha, que está alguém debaixo da cama». Ouvirá, tranquilizante, como se numa carícia a animá-lo: «deixa lá meu anjo deve ser algum chui».