4.7.07

Acabou-se o papel!

Em 23 de Maio fiz ao Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social um pedido de um simples papel onde se dissessem que eu nada devo à dita. Isto porque, para um ente público me pagar um trabalho que eu fiz, quer saber se sou ou não caloteiro à SS.
Ora o tempo vem passando, eu já telefonei, mandei saber, pedi a quem pudesse pedir a quem pudesse pedir e nada: continuo sem papel.
Ora como o Estado não me diz se eu devo, o mesmo Estado não paga.
Claro que isto tudo é uma refinadíssima sem-vergonha, com os governantes a virem para a TV com as demagogias dos «simplexes» e de outros «prá-frentexes» a enganarem parvos e a criarem o mercado das ilusões eleitoralistas.
Eu sei que não sou só eu a ter que aturar isto tudo. Uma chusma de gado obediente como eu, lá está na bicha do conformismo, a maioria com medo de refilar, não vá a SS retaliar.
Por isso, com vossa licença, aproveito este espaço público para lançar um pedido de alvíssaras: a quem souber se eu devo ou não à Segurança Social, agradeço o favor de me mandar papel. Qualquer coisinha serve, mesmo em papel picotado. Pode mesmo dizer que «até agora não deve», «não deve, mas ainda pode vir a dever» ou até «é estranho de facto, mas realmente após porfiadas buscas, conclui-se que não deve». Desde que dê para eu entrar na outra bicha, que á a daqueles a quem o Estado não paga ou paga às pingas, já dá!