7.7.13
O jogo das cadeiras
Houve, na dança de cadeiras, que é a lógica do poder, mudanças. Uns ficaram de pé, outros com o banco mais largo.
Para muitos, o jogo emocionou muito, como nas festas de aniversários de ingénuos adolescentes em que às cadeiras se jogava e se batiam muitas palmas com gritinhos de aflição.
O que interessa, o que verdadeiramente conta em termos do País onde isto tudo se passou, muito poucos parecem querer saber.
Ficou a confiança reforçada em que nos governa? Não ficou, porque a todo o momento, viu-se, um só pode deitar tudo a perder.
Ficou a solidez da equipa governativa clarificada? Não ficou, porque os ressentimentos contam, e mais contam os desapontamentos das cedências.
Ficou afastada a possibilidade de uma nova crise? Não ficou, porque a ministra das Finanças, esvaziada que esteja de poderes, vai continuar a ser um dos elos fracos da cadeia, e o demais é igual ao que já era.
Ficámos mais credíveis junto dos nossos credores? Não ficámos, porque para esses o que conta é a suspeita de que um dia, à conta da nova gerência, o devedor se exima ao pagamento.
A política é um jogo de poder. Esta dita democracia é uma agremiação de gente que quer o poder. A ambição é o aliciante da partida. Depois há as promessas, os programas e até as eleições. Como no verdade ou consequência, os cinco cantinhos, ou um pim-pam-pum! Ora pum!