Há um jornal de hoje que diz que o Procurador-Geral da República decidiu que a acusação de um determinado processo só sai depois das eleições autárquicas. Sem que o país se incomode ou os do costume comentem, esta notícia é de uma gravidade extraordinária. E esta sim é uma daquelas que Souto Moura tem de desmentir, se não quiser ficar à mercê de uma insinuação. Através dela fica claro que a acção penal está alinhada com a vida política do país. E, pelos vistos, ao mais alto nível. Até aqui constava; a partir de hoje, sabe-se. Aguarda-se para ver se o PGR não vem, a este propósito, dizer que «talvez».