As pessoas criam mitos que não conhecem. São os heróis de que se fabricam «posters», a glorificação da imagem. num certo sentido. Um é o eterno masculino, em cujo redor as muheres desmaiam de excitação. Outro o asceta pacífico, alimentado apenas no espírito e fazendo-nos envergonhar a nossa alarvice. Ali o anti-fascista congénito, mobilizado apenas pela fraternidade operária e pela paz dos povos. Claro que a minha mãe ficou chocada quando soube que o Rock Hudson era «gay» e eu quando li no volume II do Vasili Mithrokin que Salvador Allende era regiamente pago pelo KGB. Digam-nos que é mentira. Eu sei que ambos estão mortos, mas as suas sombras perseguem-nos.