2.11.05

Quando elas assobiarem

Como já disse por aqui, andei este fim de semana chuviscoso em vadiagem por um alfarrabista no Porto. E dali trouxe um surpreendente livro chamado «Pontos de Instrução para o serviço rural da GNR», escrito por Alcino Cordeiro, homem da Régua que o editou, amorosamente encadernado, para uso dos praças daquela corporção. São pontos de exame «revistos e actualizados com a legislação em vigor, pelo 2º sargento Maximiano Gomes Esteves, comandante do Posto da Régua». Ora um dos pontos que o sargento Maximiano reviu é o n.º 95, saído em Setembro de 1949, onde se pergunta «como deve proceder o atacante para progredir sob o tiro de barragem de artilharia». A resposta vem lá e o ensinamento é util. Segundo Maximiano, que cita em abono da sua lição o «Manual do 2º Sargento de Infantaria do capitão A. V. R. Garoupa», nesse caso, «se for surpreendido em terreno liso e este não ofereça qualquer abrigo abandonará o mais rapidamente possível a zona batida por lanços curtos e rápidos». Ou seja, em linguagem leiga de paisano, sigam o ensinamento do sargento Maximiano: havendo fogo de artilharia, em lanços curtos e rápidos, ou seja, aos pulos e aos saltos, como um coelho, é cavar, pessoal, é cavar!