11.1.06

O País, a Nação, a Pátria, o Estado e o Governo

Fiquei impressionado e já digo com o quê. O «Diário Digital» de hoje, lido há momentos noticia que «a dívida directa do Estado no final de 2005 atingiu o valor de 101,7 mil milhões de euros, mais 12,1% que um ano antes». Curiosamente no ambiente de descalabro disfarçado em que andamos, não foi a notícia que me impressionou, apesar de ela prenunciar o pior das expectativas para os que ainda se preocupam. Não! O que me causou viva reacção foi a notícia vir ilustrada, se calhar à falta de melhor «boneco» com a bandeira nacional. E saibam porquê: porque de repente me passou pela cabeça que essa dívida do Estado, causada pelos seus Governos, não é uma dívida de Portugal. Mais, que ante a gestão que o Governo faz do País, é tempo de a Nação se recusar, em nome da Pátria, a assumir essa dívida do Estado como uma dívida sua. O que me passou pela cabeça, ante tudo isto que nos envergonha, é, enfim, que o Estado são eles, este Estado não somos nós!