Vi que há um Muhamad Yunus, banqueiro bengali, que diz que o direito ao crédito devia estar inscrito na Carta dos Direitos Fundamentais. Eu também acho. Um tipo ter como direito individual, a liberdade de endrominar, a garantia de que não lhe sucede nada com isso e o crédito de que todos o acham verdadeiro, é meio caminho para a felicidade terrena, sobretudo quando nos perguntam, sem resposta fácil, o «por onde é que andaste, para chegares a estas horas». Bem trabalhado o conceito, talvez a dogmática religiosa lhe desse uns adjuvantes teológicos e eu conseguisse ainda um lugar no paraíso, depois desta terra que está um inferno. No fundo, crédito por crédito, ainda creio na Virgem Maria, apesar de me fartar de correr.