Num país em que os políticos, por oportunismo eleitoral, se adaptam, submissos, ao futebol será desprestigiante que se adapte o horário da Assembleia da República ao horário do futebol? Jerónimo de Sousa, severo, acha que é, e argumenta, ingénuo, que «há mais vida para além do futebol». É só sair à rua na hora do jogo ou entrar num café no dia seguinte aos desafios. Nesse aspecto, o Parlamento, ao sincronizar o seu tempo de funcionamento com a duração dos jogos, imita a rua e faz como nos cafés: salta, pois, uma bica e um bagaço para o senhor deputado, e rapidinho que estamos no intervalo!