Houve quem se abismasse porque os peregrinos de Fátima, cansados de esperar pelo momento de poderem entrar na nova basílica, apuparam e assobiaram. Ao domingo é assim no futebol, qual dia será assim na Santíssima Missa. Na Cova da Iria foi apenas a zona do meio entre a reverência devida a um Santuário e a feira pagã dos pagadores de promessas, mercadejando com Deus favores em troca de oferendas. O culto de massas tem destas: quem promete milagres vende impaciências.
Uma coisa é a fé pura, a crença na salvação, a esperança numa vida melhor, a redenção pelo sacrifício. Outra é a massificação de um lugar, a ocupação do templo, o divino espiritual à mercê da boçalidade do profano.