De repente a Presidência da República fez surgir o psico-drama de que o Presidente ia dirigir uma mensagem ao País. O País esperou-o diante da TV, às 20. Nada transpirara da comunicação «secreta» dizia uma locutora da RTP.
Minutos depois estava tudo acabado: o Presidente tinha sentido necessidade de informar o País que nos Açores estavam a tentar fazer passar legislação que lhe retirava poderes, diminuindo-lhe a função.
O País percebeu que o Presidente afinal não tem força, estava à janela a gritar por socorro. Qualquer Assembleia Regional o pode sitiar.
Há coisas que é bom pensar melhor antes de as fazer.
Cavaco Silva não quer que os Açores criem um precedente. Já criaram, este, de o Chefe de Estado gritar ao povo para que o acudam para não morrer às mãos dos políticos. Ao que isto chegou.