Ao ter lido na imprensa que morreu, com 250 anos, a tartaruga mais velha do mundo, lembrei-me daquela do Oliveira Salazar que recusou a oferta de um tal animal, ainda muito pequenino, com base no argumento: «sabe, é que depois, uma pessoa afeiçoa-se aos bichos e custa-lhes quando eles morrem!». Passa-se o mesmo comigo! Talvez por amanhã fazer anos, fico com a ideia de que me está a custar morrer. É que, sabem, uma pessoa às vezes afeiçoa-se à vida e depois custa-lhe falecer!