Houve um tempo em que se me pedissem dinheiro para a fome em Angola, eu talvez desse. Não por ter nascido lá, mas por me sentir condoído com a miséria. Ou talvez não desse porque de Angola havia dirigentes com má fama. Mas hesitava em não dar.
Hoje é o dinheiro de Angola que compra empresas, bancos e jornais em Portugal. Estão ricos.
A mesma geração que chorou Angola, hoje nem pena chega a ter de Portugal. Agora está lá o Papa. José Eduardo dos Santos tem motivos para estar feliz. Bento XVI apelando aos jovens angolanos pediu-lhe «coragem». Claro! A de Cristo na cruz.