20.2.10

Fernando Nobre: o sintomático e o insólito

Não sendo ingénuo pode pensar-se o que irá manter a candidatura do médico Fernando Nobre à Presidência da República. Dir-se-à que ela serve para roubar espaço a outros candidatos, como é o caso de Manuel Alegre e só assim encontrará apoios, financeiros nomeadamente, porque uma candidatura é cara, pois há a campanha eleitoral. Veremos.
Algo há nela, porém, de sintomático e, por isso, interessante: ter-se anunciado como sendo a de quem acha que Portugal precisa de «um Presidente que venha verdadeiramente da sociedade civil, que seja independente, que nada precise da política».
Ante esta candidatura, que é uma exautoração moral ao que há, Alfredo Barroso, um soarista congénito, proclamou que tem «um certo receio dos candidatos que se apresentam a defender valores acima dos partidos ou além dos partidos». Dos partidos disse ele. E propõe Carvalho da Silva.